Tente lembrar as suas histórias favoritas de criança. Entre castelos, princesas e vestidos suntuosos, provavelmente essas palavras estejam alojadas em algum lugar do seu cérebro: “Eles se apaixonaram, se casaram e viveram felizes para sempre”.
Por mais que sejam apenas contos infantis ou sirvam de roteiro para comédias românticas, o mito da completa realização por trás do casamento permeia o imaginário de muitas mulheres até a vida adulta.
Contudo, estamos vivendo um momento “paradigmático”, de acordo com Kelly Quirino, professora da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora de gênero e raça. Um levantamento do IBGE de 2020 aponta que 11,7 milhões de brasileiros vivem sozinhos, o que corresponde a 16,2% dos lares.
O número de casamentos civis, por sua vez, caiu pelo quarto ano consecutivo.Na origem etimológica do termo, a palavra indivíduo vem do latim e significa aquilo que não pode ser dividido.
Solteiro não é estar só
Segundo o médico e psicólogo de São Paulo Roberto Debski, para que a pessoa consiga viver de forma mais saudável e autossuficiente, é preciso distinguir a solidão da chamada solitude.
Pressão social
No entanto, bastam encontros com familiares para o assunto “e os namoradinhos ou namoradinhas” surgir. “As mulheres estão se casando mais velhas, e o assunto ‘ficar para titia’ já não é uma preocupação tão extrema”, diz a neuropsicóloga.